19 de mar. de 2008

Opus III




aceito no corpo a ilusão das tardes. o movimento é um seio húmido de mulher curva.
de dentro. por dentro desato as mágoas a ranger como gatos em cios prevenidos.
curvo-me na lâmina do teu arco. sou-me único.
invertebrada fêmea de sexo exposto. sou-me única. muldidão no ciclo do orgasmo crescente das patas. sou-me único. única.
sou-me casca. casa.
intermezzo de fogo na palha do gozo.














4 comentários:

Anônimo disse...

quem toca direito por linhas curvas é o deus violoncelo. notas líquidas de prazer. foi preciso ler para saber da água dentro do fogo. seMifundente. um abraço.

Anônimo disse...

Um seio húmido de mulher curva... apetece. Fêmea de sexo exposto... soa-me a única. Fogo na palha do gozo... de ler tais palavras envoltas em brilho tamanho.
Sou anónima, mas volto... sempre.

jorge vicente disse...

sou-me poema. guardado na tua música.

um beijo
jorge vicente

Frioleiras disse...

obrigada pela sua visita ao meu caanto !
abç

4 Mulheres

Sala da Música

Memória Auditiva